segunda-feira, 22 de março de 2010

Soneto da Preguiça

Acordo todo dia às quatro
Me apronto pro trabalho
Ecoa em minha mente
"Que sono do caralho!"

Às doze volto para casa
Comemoro a hora de partir
Explode em minha cabeça
"Puta que pariu, quero dormir!"

É doloroso ficar acordado
Não importa o quanto tente
É impossível descansar a mente

Me sinto preso num turbilhão
Penso muito em ficar doidão
Para dormir feito um condenado
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Créditos ao Felipe e à Ju, por terem ajudado. =p

quinta-feira, 18 de março de 2010

OOOOOOOOOOO O PORCO GANHOOOOOOOOOOOOU

E não é que rolou Armeration coletivo?



Resumo do jogo:

Foi feio, mas ganhamos e Lincoln jogou muito. =D
É... isso resume bem o jogo. uhauhahuauha

E Felipe errou a previsão por 1 gol, sendo que Armero quase faz no final e o decreta como novo vidente de plantão.

quarta-feira, 17 de março de 2010

OOOOOOOOOO VAMO GANHAR PORCOOOOOOOOOO

Hoje tem Paysandu x Palmeiras.

O jogo começa às 21:50 (horário de Brasília) lá no Estádio Olímpico do Pará, em Belém.

Um amigo meu, o Felipe, deu uma de Mãe Dinah:

. Hellspawn[TÉDIO] diz:
e esse jogo hj?
L'étranger diz:
2x1
3x1
anotaí
3x1
. Hellspawn[TÉDIO] diz:
ta
auhahahuhuahuha
gols de quem?
L'étranger diz:
Ewerthon estreando
de um dos laterais
não sei qual
. Hellspawn[TÉDIO] diz:
figueroa joga?
L'étranger diz:
e o outro do mala do diego souza
joga não
Robert vai passar em bran
branco hoje
Talvez marque, se o diego não marcar

Eu acredito que o time acordou de vez. Pode não ter jogado seu melhor futebol domingo, mas mostrou MUITA raça e vontade dando aquela virada em cima das sardinhas. Claramente o time quer voltar à melhor forma, mas pra isso precisa vencer o Paysandu fora de casa hoje. Não vai ser fácil, pois eles tão numa fase muito boa, mas o Palmeiras vai fazer o possível para ganhar e, se der, eliminar o jogo de volta.

Mas a pergunta que não quer calar: Será que rola Armeration hoje?

domingo, 14 de março de 2010

Encantadora ironia

A vida é engraçada.

Tem dias o que você mais quer fazer é jogar tudo pro alto e pegar uma carona na BR pra onde quer que seja. Se possível pra Pindamanhangaba. Ou talvez Cocha Bamba.

Você trabalha 7 dias para folgar um, perde seus fins de semana por causa do trabalho, têm problemas mal resolvidos com as pessoas, suas costas doem horrores, você não consegue dormir direito, está cansado, não consegue fazer as coisas que mais gosta... enfim, como disse o moleque daquele filme com o Heath Ledger: "The shit hath hitith the fan... ith".

Então, do nada, alguém fala com você no msn, liga a webcam, sorri e todos os seus problemas acabam. Assim. Como se você tivesse comprado algum produto das Organizações Tabajara. Como num estalar de dedos.

Plec.

Parece que a vida espera os momentos mais oportunos pra te dar um tapa na cara. Você tá lá, cheio de problema, doido pra virar um frasco de remédio e de repente aparece alguém com um sorriso tão encantador que você esquece de tudo. Uma coisa tão simples fazendo problemas tão graves parecerem um fio de cabelo na comida. Aquele frasco de remédio parece uma piada agora.

Na verdade, o sorriso é o frasco de remédio.

Porque ele leva os problemas embora. Ele traz paz de espírito. Ele faz você enxergar que certas coisas ainda fazem bem. Ele dá inspiração pra você fazer o que gosta.

É graças a um certo sorriso que escrevo estas linhas.

Agora, o que mais quero fazer é continuar a admirá-lo.

E agradecer, pois do jeito que as coisas iam, Pindamanhangaba seria minha próxima parada.

Ou talvez Cocha Bamba.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Realidade Sonhada

Sonhos são uma coisa interessante.

Nós vamos dormir pensando no dia que passou, no dia que virá, na garota que ficamos, no jogo que nosso time ganhou, na prova de amanhã, na festa do fim de semana... mas nunca pensamos no que vamos sonhar quando nossa mente se desligar por completo.

E quase sempre acordamos intrigados com o que sonhamos.

Nosso subconsciente está tentando nos contar alguma coisa? Foi só um sonho mesmo ou tem algum significado escondido por trás?

Não sei vocês, mas certos dias eu não consigo pensar em outra coisa a não ser no que sonhei.

Hoje é um deles.

Pois bem, deixe-me falar sobre o sonho que tive.

Eu abri meus olhos e uma claridade absurda tomou conta de mim. Tudo que eu via, tudo que eu sentia, tudo que eu era, era branco. Aos poucos, minha visão foi se acostumando à claridade e eu pude discernir algumas formas e uma imensidão azul por trás delas. Formas muito vagas. E elas surgiam de forma muito rápida, e sumiam de forma igualmente rápida. Eu ainda estava muito atordoado, não conseguia organizar os pensamentos. Mas apesar disso, levantei uma das mãos, tentando tocar aquelas formas que passavam com impressionante velocidade à minha frente. Senti o vento açoitar minha mão com força. Percebi que estava deitado em cima de algo que zumbia de leve. Minha mão não alcançava as formas. Tentei me levantar, mas a batalha era inútil, ainda estava muito tonto. Agora já conseguia perceber que as formas eram nuvens e que o tapete azul que se estendia por trás delas era o céu. Fiquei deitado olhando para cima por um tempo, até a tontura passar, e me levantei.

Estava numa lancha.

Ao meu redor, somente o mar. E muito à frente, uma enorme parede de rochas, que se estendia a perder de vista para os lados. Apesar da lancha se mover rápido, o paredão nunca se aproximava. Olhei em volta e não havia mais ninguém. Tentei operar os controles, mas era inútil. Não funcionavam. Pensei em pular da lancha, mas por algum motivo não conseguia. Parecia que era meu destino estar ali. Eu deveria estar ali e não havia nada que eu pudesse fazer para tentar mudar isso. E eu já sabia que destino era esse. Tudo que eu podia fazer era esperar.

Mas por mais que eu esperasse, nada acontecia. A lancha continuava indo em direção ao paredão em alta velocidade, mas este nunca se aproximava. Se passaram minutos, horas, dias, e nada aconteceu.

Comecei a pensar que ficaria preso ali para sempre.

Então, como que por encanto, o paredão surgiu na frente da lancha. A proa tocou a rocha e começou a se despedaçar. Cada centímetro da lancha desaparecia em câmera lenta na minha frente.

Cinco.

A proa desapareceu por completo.

Quatro.

Os controles foram engolidos pela rocha.

Três.

Os bancos sumiram.

Dois.

Metade da lancha havia desaparecido.

Um.

Sua hora chegou, esteja preparado.

Fui jogado com violência contra as rochas. Mas não senti dor alguma. Tudo que senti foi uma dormência por todo o meu corpo.

Meus pés tocaram a àgua. Apesar da dormência, pude sentir que a água estava quente. Aconchegante.

Eu estava completamente submerso. Não conseguia me mover. Não conseguia nadar. Não conseguia respirar.

A cada segundo que passava, a superfície da água ficava mais longe.

Não havia agonia.

Não havia dor.

Não havia desespero.

Não havia ressentimento.

Só paz.

Eu estava morrendo.

Finalmente.

...

E então eu abri meus olhos e uma claridade absurda tomou conta de mim. De novo.

Tudo de novo.

O que será que vou sonhar hoje?

quarta-feira, 10 de março de 2010

Rotina Excitante

O ser humano é um pé no saco. Sério. Um pé daqueles com bota ortopédica, pra esmagar os ovos.

Algumas pessoas vêem o ser humano como a forma suprema de vida. Para eles, somos melhores que todo o resto. Então por que diabos precisamos destruir nosso planeta para sobreviver? Você vê cachorros destruindo o planeta? Você vê árvores destruindo o planeta? Você vê qualquer coisa que não seja humana (ou tenha sofrido intervenção humana) destruindo o planeta? Não. E para mim eles estão muito bem, obrigado.

Deixando a larga escala de lado, vamos filosofar um pouco sobre nossas vidas. Acordamos todo dia de manhã (eu, particularmente, às 4:30h) para trabalhar, estudar, o que quer que seja. Tomamos banho (não sei vocês, mas eu, pelo menos, tomo u.u), café da manhã, nos arrumamos e vamos para o nosso destino amaldiçoado. Chegando lá, cumprimos nossas tarefas (eu, com muito desgosto. Tenho inveja dos poucos sortudos que gostam do que fazem). Aguentamos aquele que, por uma ironia muito descendente de meretriz, veio a ser nosso superior. Pior ainda se você for estagiário. Tá fudido! Depois de horas de exploração egípcia, vamos almoçar, e aqui, os que têm contas à pagar têm de dar um jeito de pagá-las. Eu recomento um vira-tempo, daquele que a Hermione usa para assistir duas aulas ao mesmo tempo, mas há quem prefira usar máquinas do tempo, teletransporte e afins, mas esses últimos frequentemente acabam teletransportados dentro de um mendigo, já que o número destes vem crescendo exponencialmente. Depois do almoço/viagem no tempo/teletransporte, voltamos para mais uma jornada de desgosto (ou sorte, no caso supracitado), e depois vamos para faculdade (no meu caso. Já ouvi boatos de que algumas pessoas vão direto do trabalho para casa! =O).

Na faculdade, temos que ficar horas e horas assistindo algum(a) velho(a) que se acha o dono da verdade falar sobre algum assunto totalmente fora dos padrões internacionais de interesse e, no final de cada mês, testar os conhecimentos adquiridos sobre o tal assunto desinteressante. Mas pera! Se o assunto era tão desinteressante, logicamente não aprendemos nada. Mas aqui, na nossa frente, jaz um pedaço inútil de papel que provavelmente vai decidir nosso futuro (embora a única coisa que queremos fazer é enfiá-lo num certo buraco do velho que se acha dono da verdade) e, aparentemente, precisamos responder todas as questões de forma correta. O que fazer, Ò Cthulhu!

É então que, passada de geração em geração, somos apresentados à mais antiga tradição educacional. Ninguém conhece sua origem, mas dizem que os antigos cantavam em sua homenagem.

"Ola, ola ola, quem não cola não sai da escola!"

A cola!!! Facilitadora dos meios estudantis, abridora (como isso soou feio) de caminhos antes desconhecidos, ou, numa linguagem mais atual, cheater. Respondemos todas as questões do teste, entregamos, recebemos um redondo 10 e vamos beber pra comemorar. Que ótima a vida de estudante, não?

Depois da faculdade, chegamos em casa cansados, comemos alguma besteira, trocamos de roupa, e, aqui, na calada da noite, os caminhos se dividem. Alguns estão cansados demais para qualquer coisa e vão dormir. Outros vão assistir tv. Outros, que foram menos agraciados com massa cinzenta (não confundir com o personagem de Ben 10), vão assistir BBB. Alguns vão estudar. Outros vão para o computador ver putaria. Outros, mais sortudos que esses últimos, vão fazer putaria ao vivo. Eu? Eu vou tentar dormir, porque conseguir que é bom, nothing. -.-'

E no outro dia? A mesma ladainha. Trabalho, almoço, trabalho, faculdade, assistirtv/estudar/verputarianopc/dormir/trepar.

Existe uma época do mês em que os gatos fazem a festa. As pessoas botam suas melhores roupas, as mulheres se entopem de maquiagem, fazem escova plutoniana + alisamento prolongado definitivo, fazem as unhas dos pés e das mãos, os dentes, as que tem monocelha aparam, algumas fazem o bigode, colocam um corpete que as deixam parecendo uma ampulheta, etc. Os homens fazem a barba, passam gel no cabelo, escovam os dentes (notem que eles só fazem isso nessa época do mês) e todos saem para, dentro de meia hora, essa arrumação toda estar desfeita graças a um amasso com um estranho.

É chamado de fim de semana.

Não posso afirmar muito sobre ele, faz tempo que não tenho um, graças ao meu trabalho.

Existem mais atividades, como trocar porrada com o cônjuge, bater nos filhos, xingar no trânsito, matar a sogra, dar em cima da mulher do vizinho, trepar com a mulher do vizinho, levar um tiro do vizinho, ter um infarto quando a conta de luz chega, ir pra micareta pegar menininhas e apanhar de uma matilha de pit-boys, mas não irei adentrar nesses tópicos, se não isso vai virar um livro.

E na segunda-feira, o dia mais odiado, voltamos ao começo do texto.

Agora vamos filosofar um pouco sobre a vida dos cachorros.

Acorda, come, bebe água, corre, brinca, ataca as criancinhas, recebe carinho do dono, corre atrás da bolinha, toma um tapa quando faz cocô/xixi no lugar errado, e, o melhor de tudo, num intervalo regular alguém traz uma fêmea para você enrabar. Ou, se você for a fêmea, alguém te leva para ser enrabada. É. Assim. Sem nem um jantarzinho antes.

De repente comecei a ter inveja dos cachorros...